mort mot juste

setembro 09, 2006

o grito de redenção de uma formiga

pessoas da luz do sol, onde se escondem da cegueira temporária, das goteiras, dos buracos na madeira do chão?
quanta chuva é necessária para que fechem suas janelas?

por que suas lógicas e justificativas, perfeitas em engano, sussurram agora impuras e dispersas em cada encontro entre duas paredes?

e se apagaram as luzes, era pra fingir a solenidade confortável de uma tempestade.
e se nos dirigiram sopros com palavras, era para que acreditássemos no tempo e em quanto tempo um ser vivo demora para perceber que está vivo.

mesmo depois de morto.

depois de alimentar a todos os filhos do sol, a névoa se recolhe e restam espaços a mudar de cor. fios elétricos emaranhados sobre uma mesa, poças de lama do outro lado. e que esperam mais da pobreza do solo, dos olhos cansados dos amigáveis desconhecidos?

nas suas varandas o pouso de algum animal encharcado, suas bocas sempre brilhantes e rígidas, por que não se mexem?

por favor, movam-se, e respirem o que sobrou depois da água.



avisamos a todos eles, e então o quê?

maria 6:47 PM 2 vociferando estavam



ao rés da fala