mort mot juste

janeiro 22, 2008

amanda e a fonte

os dias têm sido
leves, cansados
amortecidos

com céu sonolento
e um sol
que não aquece

--

amanda era um poema
curto, de pernas grossas
e a fonte áspera

a água corria
queria correr
amanda esperava
segurou um pouco de água, que escorreu
das mãos
a pequena poça
no chão
secou

"morta, acabada

virou outra coisa."

e os olhos de amanda
cheios da água da fonte
e as mãos de amanda
cobertas de feridas abertas

que ninguém via




(postando novamente textos e poemas perdedores de concurso.)

maria 1:04 PM 0 vociferando estavam



ao rés da fala